COPENHAGEN (Reuters) – A Dinamarca, o maior exportador europeu de peles de vison, disse que irá abater milhões de animais criados para as suas peles depois de infecções por COVID-19 terem sido transmitidas aos seus detentores.
Algumas medidas mais duras de confinamento serão impostas no norte do país, onde está sediada a maior parte da agricultura.
– A Holanda, outro grande exportador da União Europeia, acelerou um plano para eliminar gradualmente a criação de martas depois de dois humanos terem sido infectados com COVID-19 durante a primeira onda de vírus corona em Maio.
Mais de 100 produtores holandeses, com cerca de 800.000 animais-mãe, foram ordenados a encerrar três anos antes de Março de 2021, a um custo de 180 milhões de euros para o governo holandês. O novo coronavírus foi encontrado em 69 fazendas de vison holandesas.
Os especialistas de saúde holandeses ainda estão a trabalhar para determinar até que ponto as fazendas são uma fonte da SRA-CoV-2, o vírus que causa a COVID-19.
– A França, que exportou cerca de 120 milhões de euros de peles em 2019, decidiu proibir a criação de vison a partir de 2025.
– As autoridades na Dinamarca disseram que cinco casos da nova estirpe do vírus tinham sido registados em explorações de vison e 12 casos em humanos, que se acredita terem apanhado a doença de animais.
– A Espanha abateu 93.000 animais numa exploração na região de Aragão em Julho, após um surto lá.
– A União Europeia é uma das principais fontes mundiais de vestuário de pele, liderada pela Dinamarca, Finlândia, Itália, Polónia, Grécia e Holanda. As exportações valem centenas de milhões de euros anualmente, de acordo com a base de dados Contrade da ONU.
– Animal rights group Humane Society International – Reino Unido diz que a China, Dinamarca e Polónia são os maiores produtores mundiais de visons, com 60 milhões mortos anualmente pelas suas peles.
(Reporting by Anthony Deutsch; Editing by Mike Collett-White)