O setor industrial brasileiro é o terceiro maior das Américas. O setor começou em numerosas oficinas no século XIX, principalmente na região sudeste do país. As oficinas se dedicavam à fusão de ferro e metais, produção de seda, lã, sabão, velas de sebo, fiação, tecelagem entre outras e utilizavam mão de obra livre e escravos. A tarifa Alves Branco facilitou o desenvolvimento da indústria nacional através de investimentos de capital. A indústria têxtil se beneficiou particularmente do investimento, pois era a mais antiga do país, mas começou a declinar em 1890. O período entre 1840 e 1860 no Brasil foi caracterizado pelo rápido crescimento industrial, tornando o Brasil um dos principais produtores de produtos como tecidos, fios e fibras de malha. A criação da Associação Industrial em 1880 foi uma prova do crescimento do setor industrial brasileiro. As indústrias brasileiras respondem por um terço do PIB e incluem bens de consumo duráveis, aço e petroquímica, aeronaves e computadores. A maioria das grandes indústrias do país está localizada nas regiões sul e sudeste do país.
Indústria do Petróleo e Gás no Brasil
Brasil é reconhecido como um player significativo nas indústrias de petróleo e gás na região. É também o segundo maior produtor de etanol combustível do mundo. O setor energético do país se beneficiou imensamente com a liberalização do mercado implementada no final da década de 1990 e início dos anos 2000. Mais de 50 companhias petrolíferas gerenciam as atividades de exploração de petróleo no Brasil. O país tinha a segunda maior reserva de petróleo identificada em toda a América do Sul em 2006, com 11,2 bilhões de barris, atrás da Venezuela. A maior parte das reservas está localizada na costa sudeste das bacias marítimas de Campos e Santos. Um sistema de transporte de petróleo bruto é operado pela Transpetro, que inclui 3.700 milhas de oleodutos de cruse, instalações de armazenamento terrestre e terminais costeiros de importação. As principais reservas brasileiras de gás natural também estão localizadas nas bacias de Campos e Santos, enquanto as demais incluem o Amazonas, Foz do Amazonas, e Sergipe/Alagoas. A Petrobras controla mais de 90% das reservas de gás natural do país. Outros recursos naturais brasileiros incluem carvão, xisto betuminoso e urânio.
Iron E Siderurgia No Brasil
As indústrias de aço no país se beneficiaram do apoio do governo em meados do século 20, uma vez que o aço era considerado o produto fundamental para facilitar o crescimento econômico. As indústrias foram criadas em regiões ricas em minérios de ferro, como o Estado de Minas Gerais, São Paulo e Volta Redonda. A privatização das indústrias siderúrgicas foi feita nos anos 90 e o país conta hoje com 29 usinas siderúrgicas administradas por 11 grupos empresariais. A empresa Vale possui cerca de 14 bilhões de toneladas métricas de minério de ferro, o que a torna a maior produtora de minério de ferro do mundo. Além disso, a empresa pode produzir aproximadamente 400 milhões de toneladas anuais do produto, e suas exportações de minério de ferro representam cerca de 80% do total do Brasil. A MMX Mineracao e Metalicos S.A. tem sua capacidade de produção anual estimada em 10,1 milhões de toneladas e 28 milhões de toneladas para a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). A CSN mantém uma capacidade de produção de aço de 8 milhões de toneladas por ano. Outra das principais siderúrgicas brasileiras é a Usiminas, cuja capacidade de produção anual é estimada em 7 milhões de toneladas. A empresa representa mais de 25% do mercado siderúrgico local, sendo a que mais produz aço para as indústrias automotiva e de construção civil do país. A Gerdau SA é a terceira maior produtora de aço do Brasil e controla cerca de 20% do mercado siderúrgico do país. As indústrias siderúrgicas brasileiras são apoiadas pela alta qualidade das jazidas de ferro do país. As minas de Carajás, por exemplo, operadas pela Vale, têm um teor médio de ferro entre 66% e 67%.
Agricultura No Brasil
Agricultura é um aspecto fundamental da economia do Brasil. Extensas plantações de cana-de-açúcar caracterizaram o Brasil colonial, onde os colonos europeus empregavam mão-de-obra local ou africana, na forma de escravos. As plantações de café também foram estabelecidas, e após a independência, a produção da cultura foi concentrada na região sudeste. O cultivo de borracha, cacau e tabaco ganhou popularidade no século XIX. A agricultura do país passou por uma transformação radical a partir de 1994, onde a mecanização, os subsídios estatais e a profissionalização elevaram a produtividade do Brasil. Gado, tabaco, frutas, algodão, soja, mandioca, café, cana-de-açúcar, milho, feijão, trigo e arroz são os principais produtos do país. A safra produzida varia de região para região. O sul é conhecido, por exemplo, pelo arroz, feijão, milho, tabaco e aves, enquanto o sudeste ocupa a primeira posição na produção de frutas. A região Nordeste produz mandioca, arroz e banana. O país tem numerosas fazendas familiares, a maioria das quais está situada nas regiões sul, nordeste e sudeste do país.
Indústria têxtil No Brasil
O setor têxtil do país está avaliado em US$63 bilhões, e consiste em 30.000 empresas com uma produção anual de 9,5 milhões de peças de vestuário. A força de trabalho do setor é a segunda maior do país. O Brasil é uma das poucas nações que ainda utiliza todos os elos da indústria têxtil, que vão desde o abastecimento da fibra até o design e a produção. O país ocupa o quinto lugar no mundo em produção e consumo de algodão, e a maior parte do material é cultivada no Mato Grosso. O Brasil é ainda o 2º maior produtor de denim e o 3º maior consumidor do produto. O governo brasileiro tem dado grandes passos para tornar a indústria sustentável, ética e produtiva.