Conhecimento em saúde

Por favor veja a secção 4c, Igualdade, Equidade e Política do website para mais detalhes.

Algumas definições a lembrar:

Igualdade = igualdade

Desigualdade = desigual

Equidade = equidade

Desigualdade = injusta ou injusta

Desigualdades nos cuidados de saúde

Tentativas para reduzir as desigualdades na saúde constituem uma parte importante da política de saúde recente e actual do Reino Unido. Estas estão largamente centradas na redução das desigualdades geográficas (variações) nos resultados e prestação de saúde, bem como nas desigualdades relacionadas com diferentes grupos dentro da sociedade.

A lei dos cuidados inversos afirma que a disponibilidade de bons cuidados médicos tende a variar inversamente com a necessidade desses cuidados na população servida.

As desigualdades na saúde são endémicas na sociedade. Onde uma pessoa nasce influencia quanto tempo ela vai viver. Após a publicação do Plano do Serviço Nacional de Saúde (2000), o governo do Reino Unido introduziu uma meta nacional com o objectivo de reduzir as desigualdades na saúde, reduzindo a diferença entre as desigualdades na saúde, medida pela esperança de vida e mortalidade infantil.

A Lei de Saúde e Cuidados Sociais de Inglaterra de 2012 introduziu, pela primeira vez, deveres legais para reduzir as desigualdades na saúde, com deveres específicos colocados aos grupos de comissionamento clínico (CCGs) e ao Serviço Nacional de Saúde da Inglaterra.

Estas organizações devem ter em conta a necessidade de reduzir as desigualdades entre os pacientes no acesso e nos resultados dos serviços de saúde e assegurar que os serviços são prestados de uma forma integrada, onde isso possa reduzir as desigualdades na saúde.

Variações na prática dos cuidados de saúde ocorrem a muitos níveis, desde o profissional de saúde individual, à organização de cuidados de saúde, ao país. Algumas variações são justificadas em termos de preferência do paciente ou condição subjacente, enquanto outras não o são. Estas podem ser classificadas como variações injustificadas e se enquadram em 3 tipos:

  • Cuidados eficazes: a evidência clínica suporta diferentes tratamentos
  • Cuidados sensíveis à preferência: onde opções de tratamento alternativas válidas estão disponíveis e as variações são causadas por pacientes que fazem exercício de escolha
  • Cuidados sensíveis à oferta: as variações refletem a diferente disponibilidade de abordagens de tratamento alternativas.

Medir as desigualdades na saúde pode ser alcançado por:

  • Medir a necessidade de saúde (medir a procura através da avaliação das necessidades de saúde – ver secção ‘Avaliação das necessidades participativas’)
  • Medir o acesso aos cuidados de saúde (medir a oferta – ver secção ‘Medidas da oferta e da procura’) uso de cuidados de saúde, por exemplo, admissões evitáveis, barreiras à admissão e.por exemplo, listas de espera, percepções dos pacientes sobre a prestação de cuidados de saúde
  • Medir a qualidade dos cuidados de saúde (ver secção ‘Princípios de avaliação’).

O coeficiente Gini adaptado do Banco Mundial, 2008

O coeficiente Gini da desigualdade é uma medida comummente citada da desigualdade e é demonstrado por uma curva Lorenz da distribuição do rendimento. A curva de Lorenz (B) traça a parcela do rendimento acumulado de que beneficia a parcela relativa da população – na curva mostrada abaixo de 40% da população obtém 20% do rendimento total. A curva (A) é a linha de igualdade total em que 40% da população obtém 40% do rendimento total. A diferença entre as 2 curvas, Gini-coeficiente, indica o grau de desigualdade de distribuição. Um co-eficiente de 0 reflete a igualdade completa, enquanto 1 indica desigualdade completa.

Equidade em saúde

Muitos fatores influenciam a saúde, incluindo fatores genéticos, o que significa que a igualdade completa da saúde nunca é alcançável. A igualdade de saúde pode ser considerada como paternalista porque não permite preferências individuais como a escolha de fumar. A teoria formal da justiça distributiva de Aristóteles faz a distinção entre equidade vertical e horizontal: equidade horizontal refere-se à equidade entre pessoas com as mesmas necessidades de saúde, enquanto equidade vertical refere-se às pessoas com necessidades desiguais que devem receber cuidados de saúde diferentes ou desiguais.

i) Equidade vertical – é o tratamento desigual de desiguais e pode ser justificado com base em fatores moralmente relevantes; entretanto, fatores moralmente irrelevantes não devem ser a base para o emprego da eqüidade vertical:

Factores moralmente relevantes:

Need
Possibilidade de beneficiar
Autonomia
Deserviço

Factores moralmente irrelevantes:

Idade/sexo*
Etnicidade
Incomeço, classe
Disabilidade, genética

*A capacidade de beneficiar depende destes factores

ii) Equidade horizontal – tratamento igual de iguais

É possível justificar a equidade vertical nos cuidados de saúde se se aplicarem factores moralmente relevantes. Entretanto, fatores moralmente irrelevantes não são fundamentos para justificar a eqüidade vertical.

Os comissários da área de saúde são constantemente confrontados com decisões relativas à eqüidade, em grande parte como resultado da necessidade de priorizar e, em última instância, racionar os cuidados de saúde para se adequar às restrições orçamentárias. A prática comum hoje é que os comissários implementem políticas de estabelecimento de prioridades para a distribuição justa dos recursos de saúde, em grande parte com base na distinção entre fatores moralmente relevantes e irrelevantes. No entanto, nem todas as decisões morais satisfarão todas e, portanto, qualquer processo de tomada de decisão relativo ao estabelecimento de prioridades deve ser sobre a obtenção de consenso e consistência em vez de necessariamente alcançar a resposta certa.

  • Tudor Hart J, 1971. The inverse care law, Lancet 696, pp405-12
  • https://www.england.nhs.uk/wp-content/uploads/2015/12/hlth-inqual-guid-c…
  • Pencheon et al. Oxford Handbook of Public Health practice, 2ª edição, capítulo 6, p461.
  • www.worldbank.org
  • Wonderling et al, Introduction to Health Economics, OUP 2005

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