Fadiga é caracterizada pelo cansaço não relacionado com os níveis de esforço. Tem sido relatada em doenças neurológicas crônicas, como esclerose múltipla, doença de Parkinson e acidente vascular encefálico. Pacientes com vertigem posicional paroxística benigna (VPPB) frequentemente queixam-se de fadiga durante um ataque de vertigem. Nenhuma atenção tem sido dada a este sintoma na literatura até agora. Estávamos interessados em avaliar a freqüência e fatores que influenciam a fadiga na VPPB. Pacientes tratados para VPPB idiopática durante os anos 2011-2012 foram avaliados prospectivamente para a presença de fadiga. Durante a primeira visita, os pacientes foram solicitados a preencher dois questionários com base em sua experiência durante a última semana: a escala de gravidade da Fadiga e a escala de ansiedade e depressão hospitalar. Foram registrados os dados demográficos dos pacientes e as características da VPPB. Entre 172 pacientes tratados para a VPPB, 40 (23,2 %) relataram fadiga. A pontuação média de fadiga foi de 4,73 ± 1,98 indicando fadiga moderada. Não foi encontrada correlação entre fadiga e ansiedade ou fadiga e depressão. Os escores de fadiga foram inversamente relacionados à idade (r = -0,36, p = 0,020) e não foram dependentes do tipo de VPPB, sua recorrência, doenças de fundo, sexo, duração da vertigem ou da presença de sintomas autonômicos. A fadiga moderada é bastante comum durante um ataque de VPPB. Parece ser um sintoma genuíno da entidade que pode agravar a angústia dos pacientes. Para tratamento da fadiga severa ou persistente com drogas para aliviar a fadiga, como amantadina, metilfenidato ou modafinil, poderia ser tentado no futuro.
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